quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

OFERTA DESTA SEMANA - APROVEITEM


Brinco Fio Curto - R$ 70,00
Brinco Fio Longo - 80,00
   




Brinco fio torcido - 85,00
Preços especiais e até o final do mês você não paga a postagem. Fora do Brasil favor consultar antecipadamente.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ourivessaria Colonial Brasileira

Desde o início da colonização, a prata ocupa lugar destacado na sociedade brasileira por ser o metal preferido para a ornamentação de casas e igrejas. Mas não existem jazidas de prata no país, o que faz com que ela seja trazida do México, da Espanha e do Peru e trocada no Brasil por tecido, açúcar e também por escravos africanos. A cidade de Salvador é, durante muito tempo, o principal centro brasileiro do comércio de prata, que atinge o seu ápice no século XVII. Uma vez no país, a prata é trabalhada por ourives portugueses e por brasileiros que aprendem o ofício. Os modelos lusitanos de ourivesaria são fielmente seguidos e copiados durante os séculos XVII e XVIII, o que dificulta a identificação de um estilo nacional próprio, segundo os especialistas.

De qualquer modo, sinais do surgimento de uma ourivesaria brasileira original começam a ser notados, em boa medida devido ao grande número de ajudantes escravos ou negros libertos nas oficinas (cabe observar que os negros islamizados do Alto Sudão que chegam ao país conhecem os processos de fundição de metais). Os ourives nacionais acabam por criar objetos que passam a ser considerados típicos, como a cuia de chimarrão, os cabos de rebenques, os arreios, esporas e caçambas, além das famosas pencas de balangandãs. Levadas junto ao corpo, presas a uma corrente, as pencas reúnem objetos de metal com formas variadas, agrupados numa base denominada "nave" ou "galera": moedas, figas, chaves, dentes, romãs, cocos de água etc. Os elementos que compõem as pencas de balangandãs são reunidos em função de seus sentidos mágicos e rituais. São talismãs e amuletos que afastam "mau-olhado", que trazem sorte, que "abrem portas e caminhos", ou que indicam "fartura", "riqueza" etc.

A expansão da ourivesaria nacional pode ser aferida numericamente. Se na primeira metade do século XVII, a capital da Colônia conta com cinco ou sete ourives - dentre eles o célebre Francisco Vieira,1 conhecido como Fanha -, no final do século, eles já são 25. No ano de 1766, há mais de 158 oficinas nas principais cidades brasileiras.

O crescimento da ourivesaria no Brasil é acompanhado por tentativas de controle dessa produção. As autoridades tomam diversas medidas fiscalizadoras, como o Alvará de 1621 que determina que nenhum mulato, negro ou índio, mesmo liberto, pode exercer o cargo de ourives. Um pouco mais tarde, a Carta Régia de 30 de julho de 1766 - que vigora até o Alvará de 1815 - proíbe o exercício da ourivesaria, na tentativa de impedir, indica a museóloga Mercedes Rosa, "os abusos que os ourives praticavam, com prejuízo do Erário Real, mas também tudo que dizia respeito à lesão do quinto do ouro". As diversas regulamentações, entretanto, não impedem a realização clandestina do ofício, responsável pela maior parte das obras executadas.

Para a aferição da qualidade das peças, o procedimento padrão é a marca (ou punção), que indica a quantidade de cobre empregada na execução do objeto (por ser mole, a prata é ligada a outros metais, sobretudo o cobre). Atestada a qualidade, a peça recebe então marcas, em geral da cidade em que é executada e do perito que a examina, o ensaiador.2 Além dessas, os objetos podem receber também marcas de exportação e importação; marcas de cidades diferentes - daquela onde é feita e daquela em que é adquirida -; marcas dos ourives. As primeiras marcas de que se tem notícia são francesas, do século XII. Em Portugal, elas se tornam obrigatórias a partir do ano de 1688. No Brasil, por sua vez, a primeira marca conhecida é uma de Salvador (a letra "S"), de cerca de 1693. Como boa parte da ourivesaria colonial brasileira está a cargo de negros e mulatos, que trabalham clandestinamente, muitas das peças nacionais não possuem identificação.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Poder das Pedras - Azeviche


Azeviche é um Carvão compacto usado como gema, também conhecido por Âmbar Negro (black amber). O azeviche teve um uso muito difundido no império romano, que transportava o produto da Inglaterra para Roma. Seu uso era muito associado ao luto e na confecção de objetos esotéricos, como a figa de azeviche, que servia, supersticiosamente para afastar as serpentes. De dureza 2 a 2,5 e textura muito fina e compacta, o azeviche apresenta um aspecto negro aveludado com polimento e se presta para trabalhos de escultura. Pode conter fósseis e pirita, originada da reação do enxôfre vegetal com o ferro. No século XIX o azeviche foi muito usado na joalheria de luto. Hoje seu uso é restrito a certos círculos esotéricos. Tal como o âmbar, o azeviche quando atritado por um pano adquire eletricidade estática, podendo atrair pedaços de papel. Por ser um material de origem orgânica (não é mineral) o azeviche pode se ressecar e ficar tomado por rachaduras.  É produzido em muitas partes do mundo, onde ocorrem jazidas de carvão. Em Whitby, North Yorkshire, Inglaterra, ocorre um azeviche que pode conter inclusão de amonitas, com os quais se pode preparar belas jóias.

Suas propriedades mágicas são a atração da harmonia nas emoções e o poder de equilibrar o mecanismo do corpo. Como o azeviche é de cor negra, ele é associado á noite. Muitas bruxas e bruxos usam azeviches como amuletos durante o sono, para evitar ataques astrais. Combinado com um coral vermelho e uma cornalina, ele se torna um dos mais poderosos amuletos que uma bruxa ou bruxo pode ter.

Também conhecido como "Pedra do Exorcismo" e "Pedra do Luto", é mais popular por seu uso tradicional em jóias de mulheres de luto. Ao ser transformado em pó e queimado, emite vapores poderosos que são usados para exorcizar espíritos demoníacos e aparições desagradáveis. Na Islândia, o azeviche é carregado como um amuleto de proteção contra os demônios. Na África, ele é colocado sob a entrada da casa de um inimigo para amaldiçoá-lo. O azeviche também era usado na Europa medieval para testar a virgindade. Como pedra de cura, tem reputação de ser eficaz no tratamento de males como hidropisia, epilepsia, febre, alucinações, dores de cabeça, histeria, inchaços linfáticos, doenças estomacais e dor de dente.